O mosaico portugues cresce em popularidade. Desta vez afirma-se no mundo da arquitetura com esta fachada desenhada por João Tiago Aguiar. Um painel quefuncionacomo uma peleque filtraa luz do sole também protegea casade intrusos.
A linha principal desta intervenção consistiu na ampliação desta moradia, situada no Restelo, Lisboa, sobre o logradouro a tardoz o que levou à remodelação total da fachada posterior da casa. Numa tentativa de coordenar o alçado principal tradicional com o novo e moderno design da fachada posterior, foram então criadas três mansardas, a rasgar o telhado com vista para o jardim, providenciando mais habitabilidade ao escritório, quarto e instalação sanitária que compõem o sótão. O primeiro piso é constítuido por dois quartos com instalação sanitária comum mais uma suite. Já o piso térreo acomoda a sala e a cozinha num sistema de open-plan. Este piso abre-se totalmente para o exterior, através deste intrincado padrão inspirado no desenho dos azulejos dos antigos edfícios lisboetas, que recolhe quase na totalidade. Este rendilhado acompanha o interior moderno da casa filtrando a luz solar.
Viver numa casa arrendada tem as suas vantagens e desvantagens. Uma vantagem é, para mim, o facto de não ficar demasiado apegado a um lugar. É relativamente fácil fazer as malas e mudar de cidade ou até de país se não estivermos presos a um empréstimo da compra de casa. Vender uma casa é normalmente uma fonte de stress e preocupação e se temos pressa, ou o mercado não está a nosso favor, corremos mesmo o risco de perder dinheiro. Por outro lado podemos pô-la ao jeitinho que queremos, alterar o layout, mudar a cozinha, fazer buracos, etc. Com sorte conseguimos melhorá-la e duplicar-lhe o valor.
Faz parte dos meus sonhos encontrar uma casa a precisar de carinho e transformá-la num lar com as minhas próprias mãos e ideias. Não é uma ideia nova mas ficou em banho Maria, com as crianças pequenas não me atreveria a fazer grandes obras, pintar duas salas já foi um verdadeiro desafio. Mas, enfrentando agora a realidade, a C. já vai para a escola daqui a dois anos e a L. já começa este ano. As condições mudam e a ideia volta a fazer parte dos meus/nossos planos.
A nossa vida familiar e profissional estão numa fase de mudança e sabemos que não vai ficar por aqui. Vão ser dois anos de tudo ou nada e provavelmente a concretização de mais alguns sonhos.
Confesso que já andei a ver o que havia no mercado, inclusive a escolher destinos possíveis de localização. Começo logo a imaginar possíveis mudanças e adaptações para cada mamarracho que me vem parar aos olhos, vejo-lhes o potencial e, com o poder da mente, começo a descolar papel de parede, a tirar alcatifas e a derrubar paredes.
Ainda vai faltar um pouco para meter mãos à obra mas é daquelas coisas que sabemos estar no nosso destino. Enquanto o dia, ou a casa, não chega, vou me deliciando com as remodelações alheias.
Esta casa tem uma história interessante. A compra da casa foi feita independente do terreno. O terreno onde esta casa estava foi vendido a um promotor imobiliário por isso a casa teve de ser relocalizada. A família que comprou esta casa, comprou então um lote numa outra localidade e a casa foi transportada para lá. O projeto de design ficou a cargo de Joanna Gaines e o resultado é uma pequena casa cheia de caráter bem à medida das necessidades do casal.
As casas no Reino Unido são, tendencialmente, pequenas, com áreas interiores pequenas e bastante divididas, principalmente nos centros das cidades. O mercado imobiliário é essencialmente feito de casas antigas. Quem quiser viver na cidade fica sujeito a uma área exígua, uma estrutura antiga e um preço escandaloso. Porém, isso não afasta as pessoas de quererem viver na cidade ou de a preterirem em prol de viverem no campo, ou mesmo em localidades mais rurais. Quando o dinheiro não é problema, milagres acontecem e, em pequenos lotes de terreno, muitas vezes emparedados por habitações também antigas e pequenas, têm lugar estruturas reforçadas, modernos interiores e ampliações arrojadas, como é o caso da que hoje vos trago.
Em Edinburgo, na Escócia, o gabinete de arquitectos David Blaikie dá, a uma família com forte afinidade com a Escandinávia, uma extensão inspirada neste estilo nordico, minimalista e funcional.
A casa tinha originalmente 68m2. Um piso térreo geminado de um dos lados. Uma casa relativamente pequena mas com um jardim de 50 metros de profundidade, muito típico no meio urbano britânico. O extenso jardim deu então lugar à construção que traria mais espaço interior ao lote. Desenvolvida tendo em mente a captação máxima da luz natural durante todo o dia, culmina com a exposição da sala de estar à luz suave do pôr-do-sol.
No interior, uma nova cozinha e espaço de refeição tiveram lugar no piso inferior. No piso superior, numa remodelação total do sotão, nasce o quarto de casal com casa-de-banho própria.
As necessidades habitacionais mudam no Reino Unido, resta ao mercado imobiliário e industria da construção adaptarem o que existe aos interesses das famílias contemporâneas. Deitar a baixo para construir novo e/ou de novo, não é opção.