Os fins-de-semana de Inverno são passados, em grande parte, na sala de estar. Desde que as miúdas começaram a interessar-se mais por filmes, temos tido boas tardes de pipocas e sofá. O certo é que, quanto mais tempo passo na nossa sala, mais tenho certeza das últimas opções que fiz para ela. Com as últimas alterações, consegui que a nossa sala adquirisse duas áreas bem definidas - a entrada e corredor de acesso ao resto da casa e o espaço mais amplo de convívio e lazer - alterações que tornaram a divisão muito mais acolhedora e familiar, embora não sendo uma área grande.
A sala de estar é, sem dúvida, um espaço de extrema importância numa casa. É nela que a família se reune, nela são passadas, talvez, as melhores horas do dia. Neste sentido, há alguns pontos que não devem ser ignorados quando se decide decorar uma sala.
É fundamental decidir que tipo de espaço se pretende. Se se procura um lugar distinto das restantes divisões da casa ou se se prefer manter o mesmo aspeto decorativo e homogénio de todo o interior da habitação.
Para se conseguir uma formalização clara do ambiente que se quer para a sala, a realização de um quadro de inspiração, que pode ser físico ou digital, é uma ferramenta indispensável.
Recortes de revistas, pedaços de tecidos, um padrão digital, uma frase inspiradora, uma paisagem relaxante, aqui a fonte é inesgotável. A ideia é criar uma composição visual da primeira perceção do ambiente que se pretende criar.
Foto | photo: via Pinterest
A quem se destina
A sala é um espaço a ser usado por pessoas de várias idades e necessidades, essa heterogeneidade decidirá o que o espaço precisa de ter.
Tendo em conta as necessidades da família, é importante que seja criada uma lista de objetos e condicionantes, a ter em consideração nas escolhas decorativas. Por exemplo: a quantidade de lugares sentados. Na existência de crianças ou bebés, será importante manter alguma fluidez espacial. Se é uma família que gosta de ler, irá precisar de muita arrumação para os livros. Tudo pormenores relevantes na hora de conciliar a estética com a funcionalidade.
O melhor de qualquer espaço de permanência é a luz natural que ele tem. Seja muita ou pouca, há que tirar o maior partido dela. Numa sala, onde as janelas forem relativamente pequenas, condicionando assim a entrada da luz do sol, a escolha de cores claras e tintas acetinadas nas paredes permitirá maior amplitude à luz natural existente. Um espelho na parede oposta à janela também ajudará a equlibrar a luminosidade na sala.
A dimensão da sala a decorar é um elemento a ter em conta em todas as decisões que são tomadas ao longo do processo de decoração da mesma. Um sofá fora de escala pode tornar a sala num espaço atulhado. A quantidade exagerada de mobiliário e adereços podem dar uma noção de constante desorganização.
É preciso definir muito bem o que é essencial e o que é superfluo, assim como ter uma noção real do tamanho do espaço a decorar. Por exemplo: o uso de dois sofás mais pequenos permitirão maior versatilidade ao espaço do que um sofá em “L”; uma mesa de apoio em vidro funcionará melhor num espaço pequeno do que uma de madeira maciça.
Estas são as principais permissas a ter em mente em todas as decisões e opções durante todo o processo da decoração de uma sala de estar. Inspira-te e bom trabalho!
Estou ainda em fase de adaptação, depois do casamento foi como se tivesse deixado um trabalho, começado outro e no momento ainda ando a apalpar terreno. Uma certeza tenho, embora às vezes seja difícil não misturar isto tudo com tudo o resto, embora ainda esteja a criar espaço para esta realidade, a procurar motivação para me organizar e não desistir, embora me veja tantas vezes distraida com os meus, caminho por aquilo que gosto e vou desenhando a vida e a forma como a quero viver, com tempo para as vestir, ir levar, buscar, partilhar o almoço e até dar-lhes colo enquanto tomo um chá.
E porque hoje é sexta e o Inverno vai queimando os seus últimos cartuxos, deixo aqui o mood board para o fim-de-semana. Esta vai ser a nova rubrica das sextas. Este primeiro quadro foi baseado em duas cores intemporais que nos acompanham faça chuva ou sol, azul marinho e preto. Inspirem-se...
Mais do que uma tinta com uma cor na moda, um papel de parede com um padrão mediático, o meu gosto recai essencialmente na mistura de texturas, na criação de sensações. A decoração de um espaço deve ser isso mesmo, o criar de uma sensação é, normalmente, por aí que começo quando decido mudar a decoração cá de casa, isso, e o orçamento sempre apertadinho, são os pontos mais importantes nas mudanças que vou fazendo por aqui.
Actualmente ando numa de mistura de estilos e de materiais mas tudo a fluir em direcção a um maior aproveitamento da luz natural, que aqui é tão escassa. Quando me mudei para esta casa, que é alugada, não entendi muito bem porque é que decidiram pintar-lhe as paredes em tons de creme e castanho cogumelo. Ainda demorou uns 3 anos até que eu me enchesse de coragem e metesse mãos à obra a fim de trazer luz para dentro de casa. Com um bebé de alguns meses e uma criança de 2 anos a co-habitar connosco no meio da confusão, lá fui pintando as paredes das salas de branco. A diferença foi imensa. Depois, com algum tacto, fui transformando a mobília escura que trouxemos da casa anterior, em mobília mais clara e adaptada às novas áreas e necessidades.
Não tem sido uma mudança rápida, e a maior testemunha disso é a mesa de jantar que permanece um elemento saído da oficina, meio pintada, meio por pintar, meio lixada, meio por lixar. Depois da empreitada levada a cabo no início deste ano, a remodelação do nosso quarto de casal que já gritava por atenção há um par de anos, aguardo dias de sol e menos frio para colocar a mesa no jardim e dar-lhe o trato que ela merece.
A casa vai ficando, lentamente, à nossa medida e, sem tintas de cores arrojadas ou papeis de parede caros e cansativos, vamos conseguindo, apenas com algumas texturas e elementos decorativos, dados por tecidos, apontamentos de madeira, quadros variados, flores e plantas, quebrar a nostálgia que as paredes brancas poderão, em algum momento, fazer passar.
Não precisamos gastar muito dinheiro para mantermos a nossa casa actual, fresca e acolhedora. Há pequenos elementos que por si só dão um toque especial a um espaço, por exemplo, um cadeirão, uma jarra, uma pintura, uma manta, um candeeiro, podem fazer magia. A Primavera está à porta (finalmente) e com ela chega a mudança. Nas lojas já entram as novas colecções mais leves e floridas e nós passamos olhos por tudo aquilo e só apetece trazer para casa toda aquela frescura e novidade. Atenção, não precisa ser assim, podemos começar por guardar as mantas quentes no bau, os ramos de pinheiro no abrigo do jardim, a toalha vermelha de mesa na gaveta e, com algum jeito e uns trocos, dar à casa o ar Primaveril que os nossos olhos precisam para nos esquecermos dos dias cinzentos que já vão pesando.
Em breve irei trazer ao blogue as minhas selecções neste sentido, fiquem atentos e guardem as vossas notas, mudar a casa não significa ficar falido